Ano Paulino - Formação Bíblica
Conforme estava programado, realizou-se a sessão de formação bíblica.
Com a sala totalmente ocupada, com a presença de meia centena de pessoas, o Fr. Acácio ajudou-nos a reflectir sobre S. Paulo. Para nos ajudar, entregou a todos os participantes o seguinte esquema:
ANO PAULINO - CALHARIZ DE BENFICA
2. De Damasco a Antioquia: Barnabé e Paulo (Act 11,24)
A. Acolhimento e oração inicial
B. De Damasco a Antioquia
1. A saída de Damasco
2. Paulo e Pedro
3. Antioquia
C. Estudo dos textos
1.
Origem do Evangelho de PauloGl 1,11-17: Com efeito, faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho por mim anunciado, não o conheci à maneira humana; 12pois eu não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por uma revelação de Jesus Cristo.
0uvistes falar do meu procedimento outrora no judaísmo: com que excesso " perseguia a Igreja de Deus e procurava devastá-la; ue no judaísmo ultrapassava a muitos dos compatriotas da minha idade, tão zeloso eu era das tradições dos meus pais.
Mas, quando aprouve a Deus — que me escolheu desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça - revelar o seu Filho em mim, para que o anuncie como Evangelho entre os gentios, não fui logo consultar criatura humana alguma, nem subi a Jerusalém para ir ter com os que se tornaram Apóstolos antes de mim. Parti, sim, para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
2.
Comunhão com Pedro (Gl 1,18-24; Act 9,26-30)
Gl 1, 18-24: A seguir, passados três anos, subi a Jerusalém, para conhecer a Cefas, e fiquei com ele durante quinze dias. Mas não vi nenhum outro Apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
0 que vos escrevo, digo-o diante de Deus: não estou a mentir.
Seguidamente, fui para as regiões da Síria e da Cilicia. 22Mas não era pessoalmente conhecido das igrejas de Cristo que estão na Judeia. 23Apenas tinham ouvido dizer: «Aquele que nos perseguia outrora, anuncia agora, como Evangelho, a fé que então devastava.» 24E, por causa de mim, glorificavam a Deus.
Act 9,26-30: Chegado a Jerusalém, Saulo procurava reunir-se aos discípulos, mas todos tinham medo dele, não querendo acreditar que fosse um discípulo. Barnabé tomou-o, então, consigo, levou-o aos Apóstolos e contou-lhes como ele, no caminho, tinha visto o Senhor, que lhe falara, e com que coragem ele anunciara o nome de Jesus em Damasco. A partir desse dia, ficou com eles, indo e vindo por Jerusalém e confessando corajosamente o nome do Senhor.
Dirigia-se também aos helenistas e discutia com eles, mas estes planeavam a sua morte. 300s irmãos, porém, ao saberem disto, levaram-no para Cesareia e fizeram-no seguir para Tarso. (Act 9,26-30)
3. Concílio de Jerusalém (Act 15,1-2.4-5; Gl 2,1-3.7-10; Act 15,7-11)
1 Act 15,1-2.4-5: 1Alguns que tinham descido da Judeia ensinavam aos irmãos: «Se não vos circuncidardes, de harmonia com o uso herdado de Moisés, não podereis ser salvos.» 2Depois de muita confusão e de uma controvérsia bastante viva de Paulo e Bamabé contra eles, foi resolvido que Paulo, Bamabé e mais alguns outros subissem a Jerusalém para consultarem, sobre esta questão, os Apóstolos e os Anciãos. [...]
"Chegados a Jerusalém, foram recebidos pela igreja, pêlos Apóstolos e Anciãos e contaram tudo o que Deus fizera com eles. 5Levantaram-se alguns do partido dos fariseus, que tinham abraçado a fé, dizendo que era preciso circuncidar os pagãos e impor-lhes a observância da Lei de Moisés.
Gl 2, 1-10: 1A seguir, catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalém, com Barnabé, levando comigo também Tito. 2Mas subi devido a uma revelação. E pus à apreciação deles - e, em privado, à dos mais considerados - o Evangelho que prego entre os gentios, não esteja eu a correr ou tenha corrido em vão. 3Contudo, nem sequer Tito, que estava comigo, sendo grego, foi forçado a circuncidar-se.
Act 15,7-11 Depois de longa discussão, Pedro ergueu-se e disse-lhes: «Irmãos, sabeis que Deus me escolheu, desde os primeiros dias, para que os pagãos ouvissem da minha boca a palavra do Evangelho e abraçassem a fé. 8E Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo como a nós. 9Não fez qualquer distinção entre eles e nós, visto ter purificado os seus corações pela fé. 10Porque tentais agora a Deus, querendo impor aos discípulos um jugo que nem os nossos pais nem nós tivemos força para levar? 11Além disso, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos que seremos salvos, exactamente como eles.»
Definição da missão de Pedro e PauloGl 2, 7-10: Tendo visto que me tinha sido confiada a evangelização dosincircuncisos, como a Pedro a dos circuncisos - 8pois aquele que operou emPedro, para o apostolado dos circuncisos, operou também em mim, em favor dosgentios - 9e tendo reconhecido a graça que me havia sido dada, Tiago, Cefas eJoão, que eram considerados as colunas, deram-nos a mão direita, a mim e aBarnabé, em sinal de comunhão, para irmos, nós aos gentios e eles aoscircuncisos. 10Só nos disseram que nos devíamos lembrar dos pobres — o queprocurei fazer com o maior empenho.
5. Afirmação de Paulo diante de Pedro (Gl 2,11-16)
Quando Cefas veio para Antioquia, opus-me frontalmente a ele, porque estava a comportar-se de modo condenável. Com efeito, antes de terem chegado umas pessoas da parte de Tiago, ele comia juntamente com os gentios. Mas, quando elas chegaram, Pedro retirava-se e separava-se, com medo dos partidários da circuncisão. E com ele também os outros judeus agiram hipocritamente, de tal modo que até Barnabé foi arrastado pela hipocrisia deles, Mas, quando vi que não procediam correctamente, de acordo com a verdade do Evangelho, disse a Cefas diante de todos: «Se tu, sendo judeu, vives segundo os costumes gentios e não judaicos, como te atreves a forçar os gentios a viver como judeus?» Nós, por nascimento, somos judeus, e não pecadores de entre os gentios. Sabemos, porém, que o homem não é justificado pelas obras da Lei, mas unicamente pela fé em Jesus Cristo; por isso, também nós acreditámos em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da Lei; porque pelas obras da Lei nenhuma criatura será justificada.
B. Oração final
Dobro os joelhos diante do Pai,
do qual recebe o nome toda a família, nos céus e na terra:
que Ele vos conceda,
de acordo com a riqueza da sua glória,
que sejais cheios de força, pelo seu Espírito,
para que se robusteça em vós o homem interior;
que Cristo, pela fé, habite nos vossos corações;
que estejais enraizados e alicerçados no amor,
para terdes a capacidade de apreender, com todos os santos,
qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade...
a capacidade de conhecer o amor de Cristo,
que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejais repletos,
até receberdes toda a plenitude de Deus.
Àquele que pode fazer imensamente mais
do que pedimos ou imaginamos,
de acordo com o poder que eficazmente exerce em nós,
a Ele a glória, na Igreja e em Cristo Jesus,
em todas as gerações, pelos séculos dos séculos! Ámen.
(Ef 3,14-21)